segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Uma noite de verão

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.




Era um dia de verão como outro qualquer, mas ela estava diferente. Estava decidida a  colocar em prática algumas das resolução prometidas no dia 31/12 de um ano qualquer. Sentia-se bem, de bem com a vida, estava feliz pelo simples fato de viver.
Naquela noite não queria ficar em casa, precisava ir para a rua, ver pessoas interessantes, escutar uma boa música, beber cerveja, jogar conversa fora e se divertir.
Ligou para uma amiga e lá foram elas rumo ao bairro mais boêmio da cidade.
Era cedo e as pessoas ainda chegavam, a atmosfera era convidativa, a cerveja estava gelada e o som havia começado. Algumas figuras eram conhecidas e ela sentiu-se muito bem naquele lugar.
O tempo foi passando e o bar enchendo, ela ouvia e se balançava, na arriscava dançar, pois sua timidez não deixava. Derrepente olhou para onde um grupo de pessoas fazia o som em forma de Sarau com diversas participações e seus olhos visualizaram um homem lindo, concentrado no instrumento que tocava mais parecia ser muito simpático. Desde então ficou hipnotizada, não conseguia não olhar, tentava disfarçar mas era mais forte que ela, depois de algum tempo começou a ser correspondida e ficou feliz com isso.
A forma e a alegria com que tocava aquele instrumento era contagiante e de um ponto estratégico ela permaneceu a admirar o objeto do seu desejo. Como ele era lindo!  E ela estava feliz por estar ali naquela noite.
O tempo passou, a festa continuava cada vez mais animada e eles continuavam a se olhar. Ela tomou coragem, ofereceu-lhe água e recebeu um sorriso. Que sorriso! Um sorriso lindo, um olhar misterioso e observador.
Ela resolveu ir ao banheiro, cerveja sempre faz isso, quando estava a caminho da fila surge ele com o seu sorriso encantador e como magneticamente começaram a se beijar, que beijo delicioso, que pegada, se pudesse não sairia mais dali. Foi nesse momento que ela descobriu seu nome, mas conversaram muito pouco, queriam mesmo era beijar. E ela se pudesse eternizaria aquele beijo.
A festa acabou, se despidiram, ela voltou para casa feliz e com gosto de quero mais, a noite realmente valeu a pena.
O que acontece agora?
....
Ela continua feliz por ter enfrentado a sua timidez e ter encontrado naquela noite alguém especial.

Fim

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade

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